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UFMA realiza Circuito Paralímpico Escolar em prol do esporte inclusivo

Redação: Aline Vitória e Giovanna Carvalho - Ascom UFMA

Fotos: Aline Vitória e Giovanna Carvalho

Durante a manhã dessa quinta-feira, 19, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com o Centro de Referência Paralímpico Brasileiro e a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), realizou o Primeiro Circuito Escolar Paralímpico, nas instalações do Núcleo de Esportes na Cidade Universitária. O evento reuniu praticantes de Bocha, Atletismo, Natação e Rugby em cadeira de rodas para uma competição de cada modalidade.

Os participantes vieram das mais diversas instituições para conquistar o troféu. Somando na iniciativa, estiveram o Hospital Sarah, a Sedel,  a Associação de Amigos da Bocha, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e Federação do Desporto. A necessidade e a falta de acesso ao esporte para pessoas com deficiência deram origem a essa ocasião, pois, até então, as crianças não dispunham de um ambiente adequado para competir ou praticar atividades físicas, seja com o objetivo de melhorar a qualidade de vida ou de participar de competições. 

A técnica de Rugby em cadeira de rodas do Centro de Referência do Comitê Paralímpico do Maranhão, Sabrina Marinho, explicou que o público-alvo das atividades são alunos de escolas públicas. “Hoje nós estamos organizando nosso primeiro Circuito Escolar Paralímpico em São Luís, cujo objetivo principal é fomentar o paradesporto em indivíduos de idade escolar, que vai dos 7 até os 18 anos. Então, basicamente, quem participa hoje do nosso evento são crianças que têm deficiência física, intelectual, visual ou auditiva, em idade escolar, de escolas públicas”.

Para a professora de Educação Física do Colégio Universitário (Colun) e coordenadora do Circuito, Fabyana Bernardes, a colaboração dos parceiros, sobretudo da UFMA, permite que mais ações como essa continuem sendo realizadas. “É muito importante o incentivo da UFMA, porque a gente pega desde os alunos da graduação para estar junto de nós, da educação física, aprendendo a desenvolver um trabalho com pessoas com deficiência”, contou a professora.

A iniciativa também atraiu muitos voluntários, profissionais da área de Educação Física, que prestaram suporte ao projeto. O voluntário e professor de Educação Física, Hilton Luís, reconhece o momento como uma oportunidade de fazer com que, cada vez mais, pessoas conheçam o esporte paralímpico. “A minha gratidão por participar vai além do aprendizado que a gente tem, trabalhar com esses alunos, com essas famílias, é uma forma de você também incentivar outros profissionais de educação física, como eu, a mergulharem nesse universo das Paralimpíadas, os esportes para pessoas com deficiências, porque o esporte, em todas suas linhas, é importante para todo tipo de pessoa, e não poderia ser diferente com esse público”, pontuou.

O competidor de natação e atletismo Joab Gonçalves Silva relatou a experiência da prática das atividades. “Foi muito bom para se exercitar. É bom para mostrar quem a gente é, que o Brasil ainda tem futuro”, comentou. Durante a competição, os pais e responsáveis dos participantes se tornam fundamentais. A mãe de Joab, Iranilde Gonçalves, expõe sobre o sentimento de ver o filho envolvido com o esporte. “Estou feliz por ele estar participando, apesar das dificuldades pessoais dele, pois aqui ele está fazendo acompanhamento, tendo contato com as outras crianças. Isso é uma das coisas que eu acho mais importante”, refletiu.  

Projetos que incentivam

Por meio do projeto de extensão, os discentes praticam e aplicam os conceitos e habilidades ensinados na sala de aula, na sociedade e nas suas diferentes situações. Diante disso, ambas as partes são beneficiadas – a Universidade e a comunidade, pois ocorre uma troca de conhecimentos e vivências que enriquecem o cotidiano e o currículo acadêmico. 

O Projeto UFMA Paralímpicos tem o intuito de proporcionar a inclusão por meio do esporte e com destaque o esporte paralímpico. Fabyana Bernardes explica como funcionam as atividades do projeto durante a semana. “Durante a semana, temos, às terças e quintas, o atletismo; nas segundas, quartas e sextas, temos o rugby. Temos essa agenda que é semanal e anual, são as atividades diárias promovidas pelo projeto de extensão para as pessoas com deficiência no entorno aqui do Itaqui-Bacanga, então a gente abraça todo mundo que quer participar”, detalhou. 

A ação também contou com a participação do Projeto de Pesquisa, Laboratório de Avaliação e Reabilitação Psicomotriz e Orgânica (Larepo) do Departamento de Educação Física – UFMA. O integrante do projeto Wladyson Costa pontua a importância do Circuito Escolar Paralímpico para a socialização entre os diferentes públicos. “Acho que é muito importante, não só para nós, como voluntários, mas também para as pessoas que participam. Observando a vivência das pessoas, principalmente de pessoas mais idosas, pessoas com deficiência, é muito importante para elas, porque a gente abre espaço para a socialização. Na sociedade, ainda existe uma diferenciação em relação às pessoas, ditas, “normais” e pessoas com deficiência ou pessoas idosas, então a educação física tem essa função de socialização”, enfatizou. 

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